





***Universo DC***

. Lanterna Verde . 2011
No dia mais claro, na noite mais densa ... Assim começa o juramento que todo soldado recrutado faz para acessar a energia verde da bateria e assim integrar a Tropa dos Lanternas Verdes.
O personagem original foi criado em 1940 por Bill Finger e Martin Nodell e saiu pela primeira vez na revista All-American Comics #16. Seu nome era Alan Scott, e seu poder provia de uma bateria mística, como era moda nos anos 30. Histórias de detetive e magia.
Mas na Era de Prata dos quadrinhos, que se iniciou em 1956 (com a estreia do Flash), e logo depois com a corrida espacial como pano de fundo no mundo real, o elemento mistico foi substituído pela ficção-científica e assim, o poder agora vem de uma bateria central de outro planeta, Oa, que energiza baterias menores individuais de cada policial intergaláctico.
Nessa reformulação, o Lanterna Verde é o piloto da aeronáutica americana Hal Jordan e surge na revista Showcase #22 de 1959.
No filme, o personagem central é Hal Jordan (Ryan Reynolds). A Warner iniciou o desenvolvimento do longa em 1997 a partir de um roteiro de Kevin Smith. Martin Campbell, que já fazia parte da produção, foi nomeado diretor, depois de controvérsias em relação ao antigo diretor, Greg Berlanti, tornaram a situação incontornável. A Warner, mesmo sabendo que Berlanti estava dirigindo um outro filme, o colocou como diretor do Lanterna, mas ele acabou saindo desse e preferindo o outro.
O roteiro de Smith também foi descartado e Marc Guggenheim, Michael Green e ainda Greg Berlanti (antes de deixar a equipe) escreveram um novo roteiro.
As declarações pouco usuais de Cambpell com certeza serviram para atrair a ira de alguns fãs. Mas o fracasso do filme não se deve exatamente a essas declarações.
Desde a pré-produção que a Warner queria fazer uma comédia. No entanto, visitas a fóruns de discussões na Net fizeram o estúdio retroceder e o filme acabou sendo de ação. Ao menos na indicação de tipo de filme.
Não dá pra negar que a comédia existe em Lanterna Verde. Parece que estamos em um filme pensado por Kevin Feige.
Mas nem tudo pode ser ruim nessa adaptação.
Como pontos positivos destaco, sem dúvida alguma, os efeitos especiais e visuais. O cosmo na cena inicial, o Planeta Oa, a roupa dos Lanternas Verdes.
Saindo do ponto de vista técnico, a atuação de Blake Lively como Carrol Ferris, Mark Strong como Sinestro, Peter Sarsgaard como Hector Hammond e Ângela Basset como Amanda Waller, são perfeitas. Não têm nada de histriônicos, nem de canastrões, são atores com presença de cenas dignas e convincentes.
Reynolds, junto com Campbell, é quem trava o filme. Não por culpa de Reynolds, mas do diretor mesmo. Se existe um culpado maior pelo insucesso desse filme é Martin Campbell.
Por que fazer Hal um palhaço sem graça, forçado e cheio de piadas roxas de ruins? Não tem graça misturar os gêneros dessa forma.
Esse filme poderia ter sido grande, pois tem material mais que suficiente para isso. Infelizmente sobre tal assunto não há luz no espectro para uma continuação.
Na cena pós-crédito presenciamos Sinestro colocando um anel amarelo no dedo, e em seguida vários feixes, do espectro de cores, são lançados na tela. O que poderia ter sido uma futura Guerra dos Anéis, amarelou graças às péssimas escolhas da direção de Campbell.
Mas ainda consigo ver esse filme na tranquilidade. Me incomodo com as piadas, que nunca combinam, quando em excesso, com super-heróis. Porém fico sempre imaginando se esse filme tivesse um diretor mais competente para com o assunto em questão, um filme de super-heróis, e sempre tenho certeza que, com esses mesmos atores, o filme seria diferente.
Por Alexsandro Alves
mai.2015
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Ficha Técnica
Gênero: Ação
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Greg Berlanti, Marc Guggenheim, Michael Green, Michael Goldenberg
Elenco: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sasgaard, Mark Strong e Tim Robins.
Produção: Greg Berlanti e Donald De Line
Música: James Newton Haward

