Este review é sobre o encadernado da Pixel de 2007, que além de toda a qualidade do acabamento nos traz uma história até então inédita do Monstro do Pântano no Brasil: a primeira escrita por Moore. Se trata da edição de Swamp Thing #20 (com arte de Dan Day) lançada nos EUA em 1984. As demais edições que concluem este belíssimo álbum seguem do #21 ao #27, também lançadas originalmente em 1984.

 

O ainda inciante Alan Moore reconta a origem do Monstro de Pântano, sem descaracterizá-lo, e acrescenta elementos fantásticos ao personagem, fazendo com que a HQ se torne um marco.

 

Graças a uma sabotagem, Alec Holland teve seu corpo queimado numa explosão em seu laboratório. Elementos químicos o banharam na explosão e Alec jaz nos pântanos da Louisiana. Os componentes que ficaram em seu corpo se misturaram com algumas plantas e algas locais. Após sua decomposição, sua mente se preservou e se fundiu com parte do pântano. Sua consciência (ou subconsciência) criou um novo "corpo" graças a fórmula bio-restauradora em que trabalhava. Vale a pena conferir, não vou entrar em detalhes, mas os desenhos e a explicação para este "corpo" são fantásticos. No mínimo.

 

Antes de sabermos da origem do Monstro do Pântano, vemos ( na edição #20) que ele foi aparentemente morto. Na edição #21, seu corpo foi congelado ficando aos cuidados de Jason Woodrue, o Homem-Florônico, que literalmente pira ao compreender a "biologia" da criatura. E isso resulta em uma atuação insanamente mortal do vilão, fazendo com que a Liga da Justiça tenha que intervir.

 

Em outra parte da Saga, Abby Cable começa a trabalhar num orfanato para crianças autistas, onde uma entidade malígna chamada de Macaco-Rei é libertada e se manifesta através do medo de suas vítmas. Isso força Jason Blood a agir, invocando o Demônio Etrigan.

 

Com uma arte marcante de Steve Bissette, a Saga do Monstro do Pântano impressionantemente ainda funciona nos dias de hoje. É impactante tanto pela originalidade quanto pela narrativa das páginas, e por isso causou enorme furor quando foi lançada. Sem contar que toda essa abordagem mais adulta e séria de Moore, gerou anos mais tarde o selo Vertigo.

 

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Por Dr. Arkham

      jun.2015