Publicada no Brasil entre 2003 e 2004 pela Panini na HQ mensal do Batman #12 ao #20, esta história bem bacana mostra a bibliotecária Bárbara Gordon querendo mudar de vida, deixar sua marca no mundo aproveitando ao máximo suas habilidades investigativas. Para isso, além de combater alguns novos vilões que apareceram em Gotham, ela também precisa enfrentar a rejeição inicial do Batman e a extrema proteção do futuro Comissário James Gordon, seu pai, que não quer que ela entre para polícia.

 

A vida na biblioteca a deixa entediada, e a jovem quer um pouco mais de ação. A história é narrada pela própria Babs, e começa com a 1° aparição não-oficial da Batgirl ainda num baile a fantasias, onde o playboy Bruce Wayne é alvo de um sequestro arquitetado pelo Mariposa Assassina. Ao contrário do que possa parecer, a grande inspiração de Bárbara não é o Batman, e sim outro personagem bem conhecido do Universo DC.

 

É muito bom ver todos os detalhes da ascensão da Batgirl no ramo dos combatentes do crime. Outro que busca se efetivar no mundo dos fantasiados é o Mariposa Assassina. Ele quer ser um protetor de aluguel dos criminosos. Inspirado na Dupla-Dinâmica, o Mariposa encontra seu parceiro: o Vagalume.

 

Da força de vontade de Bárbara em buscar seu caminho, passando pelo seu treinamento nas ruas e na Batcaverna, até a aprovação e oficialização do Batman

(que engana Gordon para proteger as ações de Bárbara), vemos uma grande história que merece ser lida.

 

O grande destaque é a relação entre Bárbara e Dick Grayson (o primeiro Robin), onde o jovem apoia e age ao lado da Batgirl nas ruas. Tudo muito bem supervisionado pelo morcego. Aliás, a Batgirl é patrocinada sem saber pelo Batman. Tudo é feito de modo que ela pense que o Robin a está ajudando sem o aval do Cavaleiro das Trevas.

 

Legal e triste ver que o destino trágico de Bárbara já é sentido por alguns personagens e por ela mesmo.

 

Como disse, é uma grande história, e isso tudo graças ao roteiro de Beaty e Dixon, somado com a arte simples (mas cheia de sutilezas) e eficiente de Marcos Martin. Por diversos momentos seus traços me lembraram a arte de Ty Templeton.

 

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Por Dr. Arkham

       jul.2015